ÁGUA E SAL – conto Zen Budista

Domingo, 14 de novembro de 2010
O velho Mestre, notando a tristeza do jovem monge, foi ter com ele.

- Querido discípulo, notei que algo lhe atormenta. Deixe-me ajudá-lo.

Dizendo isto, pegou uma caneca com água e colocou dentro dela uma mão cheia de sal.

- Beba! E me diga: qual é o gosto?

- Ruim. - respondeu o jovem franzindo a testa.

O Mestre deu uma gargalhada e pediu ao discípulo que o acompanhasse. Caminharam em silêncio até um lago. Chegando lá, o velho derramou a mesma quantidade de sal sobre as águas do lago, mergulhou a caneca e recolheu um pouco do líquido.

- Beba meu discípulo!

Enquanto a água escorria pelo queixo do jovem, o Mestre perguntou:

- E agora, qual é o gosto?

- Bom! - disse o jovem.

- Dá para sentir o gosto do sal?

- Agora não sinto mais, Mestre!

Dizendo isto o discípulo foi iluminado e abandonou a tristeza.

“Queridos amigos que visitam o blog,
felicidade não significa ausência de problemas ou de tristeza. A tristeza é um sentimento normal e humano, só não devemos nos deixar escravizar por ela. Como diria o Mestre: a dor na vida de uma pessoa não muda, mas o sabor da dor depende do lugar onde a colocamos. Então, quando a tristeza nos invadir, deixemos de ser caneca para nos tornarmos lago.
Boa reflexão e sejam felizes!”
Sensei Júlio Mário – 3º. Dan

2 comentários:

Felipe disse...

Os momentos bons são os que devem prevalecer! Tente lembrar de uma chateação que ocorreu há um mês atrás. . É esquecido! Sempre fica na memória os momento bons!

Lilian de Paula disse...

Quando estamos com algum problema, devemos colocá-lo perto de todas as coisas boas que já passamos. Com certeza as coisas boas serão muito maiores, ao ponto de notarmos que o problema é muito pouco perto de toda a felicidade.

"O sabor da tristeza depende de onde a colocamos!"

Obrigada por mais um ensinamento, Sensei!
Adoro todos!

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